terça-feira, 30 de junho de 2009

PGE-SC completou 27 anos no último domingo

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) completa 27 anos neste domingo. Criada pelo governador Henrique Córdova, em 28 de junho de 1982, o órgão é responsável pelo controle interno da legalidade dos atos da administração pública, entra com ações para garantir os direitos e faz a defesa do ente federativo quando este é acionado na Justiça. Ao mesmo tempo, a PGE também faz consultoria e assessoramento jurídico dos Poderes do Estado.

Até 1982, os trabalhos de representação judicial do Estado estavam inseridos entre as competências do Ministério Público do Estado, que contava com cargos de promotor público (início de carreira) e procurador do Estado (final de carreira). Em 9 de julho de 1982 foi empossado o primeiro procurador-geral, Antonio Hugen Nunes, e em maio de 1983 empossados os primeiros procuradores do Estado aprovados em concurso público de provas e títulos.

A PGE conta com 85 procuradores do Estado em atividade. A expansão da atuação iniciou-se em 1993 com a instalação da Procuradoria Regional de Joinville, contando hoje, além da sede e da representação em Brasília, com 15 regionais em atividade: Joinville, São Miguel do Oeste, Chapecó, Joaçaba, Caçador, Lages, Mafra, Jaraguá do Sul, Rio do Sul, Blumenau, Itajaí, São José, Tubarão, Criciúma e Curitibanos.

O tempo faz a diferença

Iotti

PGE-SP atua para construção do TCE em Araraquara

O trabalho conjunto do Gabinete da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE), através da procuradora Cristiana Corrêa Conde Faldini, e da Procuradoria Regional de São Carlos (PR-12), através da procuradora chefe Cristina Duarte Leite Prigenzi, foi decisivo para que fosse formalizada a doação de um terreno de aproximadamente três mil metros quadrados, pela Prefeitura de Araraquara (município abrangido pela PR-12), para a construção da nova sede própria da Unidade Regional 13 (UR-13) do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O terreno está localizado na área daquele município denominada Cidade Judiciária. A solenidade de doação, ocorrida no Paço Municipal de Araraquara, contou com a presença de Cristina Prigenzi, além do prefeito Marcelo Barbieri, do diretor do TCE de Araraquara Marcelo Zaccaro, o presidente da Câmara Municipal Ronaldo Napeloso e do deputado estadual Roberto Massafera.

Segundo o site do TCE, “o Tribunal já toma providências em relação ao projeto e pretende iniciar a construção o mais rápido possível”. Já o presidente do órgão, Edgard Camargo Rodrigues, afirma que “será um prédio amplo, moderno e prático, levando em conta as dimensões do terreno e a tecnologia dos tempos atuais”.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Supremo acolhe argumentos da AGU e proíbe importação de pneus usados pelo Brasil


Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por 8 votos a 1, acolheram os argumentos da Advocacia-Geral da União (AGU) e decidiram proibir a importação de pneus usados pelo Brasil, ao julgar a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 101, proposta pela Presidência da República, por meio da Secretaria Geral de Contencioso da AGU (SGCT/AGU).

A ação foi proposta em 2006 e o objetivo era obter definitivamente uma posição do Supremo sobre o tema, que terá de ser seguida por todas as instâncias da Justiça.

Em março deste ano, o Advogado-Geral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli, defendeu na tribuna do STF que a importação desses pneus é prejudicial ao país, pois atinge a economia, o meio ambiente e a saúde pública. "O país está virando depósito mundial de pneus velhos", disse na ocasião. Segundo ele, agora, "se uma empresa importar pneus usados estará cometendo crime de contrabando".

O ministro informou que, entre 2005 e 2007, o Brasil passou a representar 30% do comércio internacional de pneus usados, com 24 milhões de pneus importados. Atualmente, disse Toffoli, existem mais de 100 milhões de pneus abandonados "à espera de uma destinação ambientalmente e economicamente sustentável e recomendável, com grave perigo à saúde, inclusive em relação à proliferação da dengue".

Toffoli também argumentou no Supremo que o governo brasileiro precisava se adequar ao posicionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC), que autorizou o país a proibir a importação desses pneus. Como o país estava autorizando a entrada de pneus por meio de decisões judiciais, inclusive do Mercosul, a União Européia questionou formalmente o Brasil na OMC. Assim, o país poderia sofrer algum um pedido de compensação.

A decisão anula outras já concedidas pelos Tribunais Regionais Federais e por mais de 20 juízes de primeira instância, favoráveis às empresas que reciclam ou usam carcaças como matéria-prima.

A ministra-relatora, Cármen Lúcia, já havia dado voto favorável à ADPF em março deste ano, quando começou o julgamento. Ela foi seguida pelos demais ministros, com exceção de Marco Aurélio Melo. Os ministros Cezar Peluso e Menezes Direito estavam ausentes.

A vida de David Gale

A indicação de filme dos Procuradores da Cidadania é a Vida de David Gale, um professor universitário que desafia as estatísticas e as crenças em torno da pena de morte nos Estados Unidos.

Baseado em fatos reais, o filme reflete uma perspectiva inovadora, especialmente porque a própria vida se torna o meio de prova para demonstrar a ineficiência da pena de morte

PGE-SP garante concessão das rodovias "Ayrton Senna / Carvalho Pinto"

A juíza Silvia Maria Meirelles Novaes de Andrade, da 12ª Vara de Fazenda Pública (12ª VFP), declarou extinta, sem resolução do mérito, a ação cautelar inominada ajuizada pela TPI – Triunfo Participações e Investimentos S/A e Concessionária das Rodovias do Vale do Paraíba – Triunfo Convale, contra a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), que pretendia interromper a contratação da concessão à concorrente Primav Ecorodovias e impedir a instauração de processo administrativo para apuração de descumprimento de obrigações contratuais pelas próprias requerentes.

A atuação perante a 12ª VFP foi realizada pelos procuradores do Estado da Procuradoria Judicial (PJ), através da PJ-2 (Responsabilidade Civil – Fazenda Ré), com destaque para a atuação da procuradora Regina Maria Rodrigues da Silva. “É gratificante contar com o trabalho em equipe e a experiência dos colegas da PJ-2”, afirmou o subprocurador geral do Estado da Área do Contecioso Geral, Ary Eduardo Porto.

sábado, 27 de junho de 2009

A advocacia de Estado nos municípios

O ano de 2009 no setor público inicia-se com a posse de Prefeitos, Vereadores e Cargos em Comissão nos mais de 5.500 municípios brasileiros.

Recentemente, foi realizada uma reunião em Brasília, nos dias 10 e 11 de fevereiro, entre todos os Ministros e Presidentes de órgãos federais com os Prefeitos e Prefeitas do país, visando à junção de esforços e à parceria entre as diversas instâncias governamentais para dar conta das imensas demandas da população. Salutar a iniciativa do Governo Federal, pois é no município que as demandas diretamente ocorrem e é no município que as políticas públicas efetivamente são executadas no seu mais direto conceito.

Porém, para que as políticas públicas idealizadas pelo governo sejam eficazes e efetivas, é preciso que possuam uma correta e legal formação, a fim de que o melhor resultado chegue à população e também a fim de preservar o próprio Administrador, que ali estará atuando dentro da lei e de acordo com os seus ideais políticos para o que pensa de melhor para a cidade e para o bem comum.

Em meio à crise e ao enfraquecimento das instituições públicas, é necessária a reafirmação do fortalecimento da estrutura público-administrativa do Estado para garantia e efetivação das políticas públicas, da justiça social e dos direitos fundamentais que constituem o Estado Democrático de Direito concebido pela Constituição Federal. Para responder a estas competências e deveres demandados ao Estado, a Carta Constitucional projetou o sistema político-federativo para alicerçar as três esferas de atuação estatal: União, Estados e Municípios. Nestas três esferas, reproduziu uma estrutura de poder administrativo que garanta a sua atuação, pautada nos princípios da administração, na legalidade e na legitimidade do Poder Público.

Inserido como órgão responsável pela orientação e representação jurídica, bem como pelo controle interno da legalidade dos entes federativos, o Procurador tem a mesma identidade em quaisquer dos entes da Federação, a qual deve ser exercida com a mesma independência técnico-profissional, assegurada pela Constituição Federal e pelo Estatuto da OAB, porque possui atribuições indelegáveis e especializadas, o que o torna imprescindível aos entes públicos na Federação e à própria sociedade.

Assim sendo, não podemos deixar de salientar a importância do Procurador Municipal e das carreiras jurídicas públicas. A Associação Nacional dos Procuradores Municipais, ANPM, surgiu justamente por vontade daqueles que acreditaram na profundidade da transformação que a Constituição Federal propunha e foi criada para ser a voz dos Advogados Públicos Municipais nos mais de 5.500 Municípios brasileiros. Hoje possui o reconhecimento político institucional de sua importância e abrangência.

Porém, infelizmente, ainda não são todos os Municípios brasileiros que possuem Procuradorias Municipais regularmente constituídas, com estrutura orgânica e de carreira. A advocacia de Estado é imprescindível para que tenhamos independência nas atribuições e continuidade na aplicação dos projetos estabelecidos para os cidadãos de forma correta, legal e eficaz, tanto para o administrador quanto para o administrado. Nesse sentido, nossa Associação é parceira dos municípios que ainda não possuem carreira constituída e que ali desejam construí-la. Foi e sempre será parceira daqueles que a possuem e que sabem da sua importância, valorizando e reconhecendo o corpo jurídico local.

O bom e bem intencionado administrador sabe da importância da advocacia de Estado, da advocacia pública, e temos a certeza de que iniciamos uma fase de implementação de tudo aquilo que foi pensado pela Constituição Federal de 1988 para os municípios, e que vários municípios constituirão Procuradorias com Procuradores concursados e efetivos. Somente assim conseguiremos atingir a melhor e mais eficaz prestação de serviços à população, nas mais diversas políticas públicas pensadas. É preciso consolidar a advocacia de Estado em todos os entes da federação. Os governantes, a população e o próprio ente municipal dela necessitam.

Esperamos que os novos Prefeitos que já se encontram em exercício tenham em mente essa importância e essa necessidade, para que se garanta à sociedade brasileira políticas de Estado legais, morais e corretas, de acordo com as normas constitucionais vigentes e onde estão inseridos os Procuradores Municipais, tornando, ao final, as cidades em que vivemos melhores e mais justas.

Cristiane da Costa Nery
Procuradora do Município de Porto Alegre e Presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais - ANPM

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sem procurador do Estado

APEMINAS pede que processos do IEF sejam regularizados

A APEMINAS ajuizou demandas na justiça para solicitar que sejam regularizados sob o aspecto da representação judicial ou declarados nulos os quase 15 mil processos em trâmite nas Comarcas em Minas Gerais nos quais o Instituto Estadual de Florestas (IEF) é parte. O motivo: não há procuradores do Estado no órgão e todos os processos não possuem participação de advogados públicos dos cargos da Advocacia Geral do Estado (AGE). De acordo com o artigo 132 da Constituição da República e do artigo 4º, I, da Lei Complementar Estadual 81/2004 e por ser uma autarquia estadual, o IEF deve ter sua representação judicial e consultoria jurídica realizadas privativamente por procuradores do Estado.

No IEF, as funções privativas de procuradores do Estado são exercidas por advogados contratados ou servidores comissionados, o que compromete o interesse público, segundo afirma o presidente da APEMINAS, Gustavo Chaves Carreira Machado. “Já peticionamos em todos os processos em trâmite na comarca da capital. As matérias dos envolvem controle de legalidade de questões ambientais, licenciamento ambiental, combate a atos lesivos ao meio ambiente cobrança de multas ambientais, inclusive com inscrição em Dívida Ativa. Isto é um absurdo, pois representa função privativa de procurador”.

A Rádio Itatiaia entrevistou, na última quarta-feira (17/6), o presidente Gustavo Chaves Carreira Machado, que explicou sobre a ação e o problema da falta de procuradores no IEF.

A Michael Jackson – Moonwalker

PGE-RN negocia desapropriações da Adutora Alto Oeste

Considerado o maior projeto de adutora já executado no Rio Grande do Norte, a adutora Alto Oeste aguarda a liberação das áreas que precisam ser desapropriadas para o início da sua construção. O procurador Raimundo Nonato é quem está à frente das negociações com os proprietários dos terrenos onde serão instaladas as estações elevatórias e por onde passarão as tubulações. Segundo ele, o processo deve ser conduzido com bastante agilidade, uma vez, que a primeira reunião com os proprietários resultou na elaboração de 21 acordos, mais de 90% do total de 23 terrenos a serem desapropriados.

"O saldo da primeira reunião foi bastante positivo. Apenas dois proprietários não aceitaram a oferta do Estado. Uma equipe foi deslocada para homologar os acordos nas respectivas comarcas e entrar com as ações judiciais para os outros dois casos. O importante é que esses trâmites não devem atrasar o cronograma da obra", comenta Nonato.

A adutora Alto Oeste irá beneficiar mais de 200 mil famílias, 65 comunidades rurais e 26 municípios da Região Oeste do RN, que sofrem com o desabastecimento de água. O sistema utilizará as águas da barragem de Santa Cruz, localizado no município de Apodi, segundo maior reservatório de água do Estado.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Responsabilidade do servidor é debatida na PGE-BA em palestra sobre “Ética no Serviço Público”

Tema foi abordado de forma prática focando sempre no dia-dia do funcionário.

Tendo como tema “Ética no Serviço Público”, a procuradora do Estado, Fabiana Araújo, realizou, ontem (17) à tarde, na sala 303, da Fundação Luís Eduardo Magalhães, um workshop objetivando fomentar uma reflexão acerca do papel do servidor público e do seu compromisso com a sociedade na prestação de serviços.

Utilizando como base o Código de Ética do Servidor Público Federal e a minuta do Código de Ética do Servidor Público Estadual, atualmente em processo de elaboração pela Secretaria da Administração, Fabiana Araújo abordou, de forma dinâmica, questões como comportamento, assiduidade, pontualidade e comprometimento do servidor. “Ser ético é só fazer coisas que não se tenha vergonha de revelar em público que se fez”, definiu a procuradora pontuando que quando se é ético na vida pessoal a tendência é que se seja ético na vida profissional também.

Fabiana Araújo tratou o tema de maneira prática focando sempre no dia-dia do servidor público e chamando a atenção para o fato de que não é difícil perceber e saber diferenciar os atos éticos dos não éticos.

Ao mencionar a grande responsabilidade do servidor público, na medida em que lida diretamente com o interesse público, a palestrante atentou para a importância de se refletir acerca do tema com o intuito de criar agentes multiplicadores capazes de promover uma mudança na cultura do órgão. “A PGE vem buscando repensar sua estrutura para extrair o melhor do seu servidor”, comemorou.

Ao final de sua apresentação, Fabiana Araújo propôs ao participantes que se dividissem em grupo para listar as qualidades de um servidor público cem por cento ético. A dinâmica gerou debates de elevado nível acerca do tema.

Diplomas



Fonte: J. Bosco, Jornal O Liberal

PGE-RN - Maior arrecadação e oportunidades para o contribuinte

Com o objetivo de aumentar a arrecadação da Dívida Ativa, a Procuradoria Fiscal encaminhou para o procurador-geral, Francisco de Sales Matos, um Plano de Adimplência Geral que sugere medidas a curto, médio e longo prazos para facilitar a cobrança aos devedores do Estado.

Entre os projetos, está a ampliação do Mutirão Fiscal em mais municípios do interior do Estado, o incremento de ações coordenadas junto aos grandes devedores, facilidades de pagamento e a digitalização dos processos.

"Nossas propostas visam reforçar a cobrança, mas também tornar a PGE mais acessível ao contribuinte, inclusive oferecendo alternativas para quem deseja quitar o débito. Por exemplo, temos uma proposta, que visa uma parceria com o Banco do Brasil. Se for concretizada, poderemos encaminhar o boleto bancário junto com a notificação de cobrança e oferecer linhas de crédito do BB para financiar o pagamento da dívida", explica a procuradora fiscal Vaneska Galvão.

Algumas metas são a longo prazo, como a construção de uma sede para a Procuradoria Fiscal, que oferecerá mais espaço e facilitará o acesso ao contribuinte, além da atualização da legislação fiscal, que está bastante defasada.

PGE firma convênio com Serasa

Uma das propostas do Plano de Adimplência Geral que já está em andamento, a parceria com a SERASA, deve ser concretizada em junho. A Procuradoria Fiscal e da Dívida Ativa aguarda a finalização do trâmite burocrático, que autorizará a inclusão dos devedores inscritos na dívida ativa do Estado, no cadastro da SERASA. A medida é mais um mecanismo de cobrança e reduzirá os custos com processos judiciais.

"As dívidas menores de R$ 5 mil não serão mais cobradas com processo judicial e isso acarretará numa redução de custos para o Estado. Acreditamos que a cobrança administrativa é uma medida eficiente para os pequenos devedores, cuja negociação ocorre com mais facilidade", comenta a procuradora Vaneska Galvão.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Combate à terceirização: UNAFE move ação contra Ministério da Defesa

No último dia 16 de junho a UNAFE ingressou com ação civil pública contra concurso do Ministério da Defesa, com objetivo de anular itens do Edital do concurso 01/2009 que preveem o preenchimento de vagas na área jurídica do Ministério por pessoal estranho à AGU. A UNAFE entende que essas vagas devem ser ocupadas por integrantes da Advocacia Pública Federal, e que o preenchimento destas por “terceiros” fere a Constituição Federal.

Na ação, de número 2009.34.00.020225-6, a UNAFE afirma que “as disposições do Edital impugnado violam direta e frontalmente o texto da Constituição da República, em especial o artigo 131, caput e § 2º, e a Lei Complementar n.º 73 de 10 de fevereiro de 1993, além de se divorciar da Lei n.º 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre cargos vagos”.

Esta é a sétima vez que a associação move ação judicial a fim de impedir a usurpação de funções e cargos privativos dos membros da Advocacia-Geral da União. A campanha contra a terceirização das funções da AGU já rendeu relevantes vitórias à UNAFE e à Advocacia Pública Federal, incluindo liminares que suspenderam concursos públicos e um importante acordo judicial com o Ministério da Justiça, que se comprometeu não contratar pessoal para assumir atividades de assessoramento aos membros da AGU, bem como a excluir os contratados em situação irregular.

A ação contra o Ministério da Defesa tramita na 17ª Vara Federal e, assim como as demais ações, está sendo acompanhada de perto pela assessoria jurídica da associação.

Edukators

Filme alemão retrata três jovens idealistas que realizam protestos pacíficos, invadindo a casa de pessoas ricas para trocar os móveis de lugar e deixar mensagens de protestos. Numa de suas ações um deles esquece um celular, o que faz com que tenham que retornar ao local no dia seguinte. Porém o que eles não contavam era em encontrar presente o dono da casa.

PGE-PB no Combate à Corrupção

A Procuradoria Geral do Estado (PGE-PB) é o mais novo órgão público a fazer parte do Fórum de Combate à Corrupção no Estado da Paraíba (FOCCO).

Para o coordenador do Fórum, Rainério Rodrigues Leite, o convite para a atuação da PGE ao lado de mais de vinte órgãos da administração pública, sendo o terceiro no âmbito estadual – juntamente com a Controladoria Geral e a Receita Estadual – deve-se ao fato da instituição responder juridicamente pelas questões do Estado.

“Sabemos que dentre as contribuições da Procuradoria está a defesa do patrimônio público. Em face disto e da nossa busca junto aos órgãos de promover ações relativas de interesse público, a instituição tem tudo a ver com os objetivos do FOCCO, que não é apenas de combater a corrupção, mas também de proteger o patrimônio”, ressaltou o também secretário de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU/PB).

O coordenador do movimento ainda explica que todas as instituições que participam do Fórum de Combate à Corrupção estão ligadas à fiscalização e aos serviços públicos. “Assim como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e os conselhos profissionais, envolver a Procuradoria é de suma importância para o fornecimento de informações úteis para o trabalho de fiscalização, colaborando com os interesses da causa”, acrescentou Rainério Leite.

Segundo o chefe da Controladoria Geral da União (CGU) na Paraíba, Jaci Fernandes Sobrinho, que também participa do movimento, o FOCCO é a primeira articulação interinstitucional criada no Brasil. “Essa articulação é muito incrementada e sugerida pela Controladoria em todo o país, inclusive nos mesmos moldes implantados pelas representações na Paraíba. Quando o nosso ministro sugeriu a iniciativa, o Fórum já tinha começado as suas ações de forma pioneira por aqui há quase quatro anos”, destacou.

Jaci Sobrinho reforça que dentro do aspecto de combate, prevenção e fiscalização, a articulação entre as instituições é fundamental. “Com esses órgãos trabalhando juntos, as ações de combate ao crime ficam muito mais tempestivas. Também estamos atuando em cima de uma política educativa, conscientizando para uma participação mais cidadã tanto dos conselhos municipais quanto dos próprios paraibanos”, completou.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Procuradores da Cidadania entrevistam a Ministra Carmen Lúcia


Na última semana, os Procuradores da Cidadania entrevistaram a Ministra Carmen Lúcia Antunes Rocha, a primeira advogada pública de carreira nomeada para o Supremo Tribunal Federal.

Mineira de Montes Claros, a Ministra Carmen Lúcia era Procuradora do Estado de Minas Gerais, onde ocupou o cargo de Procuradora Geral do Estado no governo Itamar Franco. Segue a íntegra da entrevista.

Procuradores da Cidadania: Ministra, o que motivou a Sra. a ingressar na Advocacia Pública?

Ministra Carmen Lúcia: Bem, em 1982, eu havia acabado de concluir o meu doutorado em Direito Constitucional na Universidade do Largo do São Francisco e advogava. Sentia que precisava associar os conhecimentos do mestrado e doutorado com as minhas atividades profissionais. A Procuradoria Geral do Estado de Minas Gerais era muito forte na época. O Procurador-Geral era José Olympio de Castro Filho, amigo pessoal de Tancredo Neves, então Governador de Minas Gerais. Naquele tempo, Tancredo dizia que primeiro ouvia o Procurador Geral e depois o Secretário da Fazenda. Os estadistas, os grandes homens ouviam primeiro os Procuradores Gerais.

Procuradores da Cidadania: Ministra, decerto a Sra. foi uma das mais combativas advogadas públicas desse país, especialmente na Constituinte e junto ao Conselho Federal. Como a Sra. enxerga o atual quadro da Advocacia Pública Federal, Estadual e Municipal frente as demais carreiras essenciais à Justiça? O que falta ao advogado público enquanto integrante de uma instituição essencial à Justiça?

Ministra Carmen Lúcia: Acho que falta muito, desde organização institucional à divulgação das atividades dentro do próprio governo. No que se refere à organização, acho que o Poder Judiciário tem investido muito em organização, mas não observo o mesmo na Advocacia Pública Federal, Estadual e Municipal. Por outro lado, quanto ao aspecto político, acho que a Advocacia Pública precisa se fazer mais conhecida no governo, ou seja, junto aos Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais. Precisa-se mostrar ao que sem um parecer elaborado por um advogado público, sem um respaldo jurídico, o administrador nada pode fazer sem incorrer em responsabilidade pessoal. A Advocacia Pública se desenvolverá rapidamente quando trabalhar incisivamente a sua imagem e atuação junto ao próprio governo.

Procuradores da Cidadania: Particularmente no STF, como tem sido a atuação da Advocacia Pública? A Sra. acredita que a Advocacia Pública tem modificado seu enfoque de atuação nos últimos anos com mais transparência, menos litigiosidade, mais eficiência e estratégia na atuação?

Ministra Carmen Lúcia: Acho que não tem diminuída a litigiosidade e, além disso, falta um pouco de organização. Muitas vezes preciso correr atrás dos procuradores para saber se determinado ato normativo atacado por ação direta de inconstitucionalidade ainda está em vigor. Não há um planejamento claro, um saneamento, uma atuação serena muitas vezes. E falo tranquilamente, pois quando Procuradora Geral determinava o constante saneamento de bancas para que se trabalhasse apenas com casos relevantes.

Procuradores da Cidadania: Quais caminhos a Sra. acredita que a Advocacia Pública deveria trilhar para alcançar a sua emancipação e consolidação?

Ministra Carmen Lúcia: Acho a iniciativa dos Procuradores da Cidadania um bom caminho. Observo que o cidadão realmente não identifica em determinados empreendimentos e políticas públicas a atuação do advogado Público. Por outro lado, reitero, é essencial que a Advocacia Pública conquista mais espaço perante o governo, isto é junto dos Secretários Estaduais e Municipais, bem como Ministros de Estado. Politicamente, só assim se cresce.

Procuradores da Cidadania: No tocante ao cargo de Procurador Geral ou Advogado Geral da União, a Sra. acredita que este deva ser eleito e ocupado por integrante da carreira? A Sra. acha que isso interfere na tutela do interesse público? Recentemente, o STF julgou um caso do Estado do Amapá e admitiu que fosse integrante de fora da carreira. Infelizmente a Sra. estava ausente no julgamento, mas não lhe parece que o STF contrariou o entendimento anterior, consagrado no caso de São Paulo?

Ministra Carmen Lúcia: Lamentei muito o precedente firmado pela Corte, mas lamentei mais a minha ausência, ainda que justificada. Soube até que um parecer meu foi citado, o que me faria suscitar o impedimento. Apesar disso, acho que o regime pós-Constituição de 1988 não se coaduna com ocupantes de cargos relevantes, em carreiras de Estado, não-aprovados em concurso público. Eu acho que o precedente foi deveras perigoso para o Estado Democrático de Direito, sobretudo porque no caso do Amapá o STF admitiu que até mesmo o Corregedor fosse de fora da carreira. Por outro lado, também vejo uma falha dos advogados públicos, que não se apresentam, não se fazem conhecer no governo, o que acarreta essas ingerências.

Procuradores da Cidadania: Ministra, gostaríamos de agradecer a Sra. pela cordialidade e, especialmente, por toda a contribuição que Sra. deu para a Advocacia Pública no período da Constituinte e, quando integrante do Conselho Federal da OAB, para a constituição das Comissões de Advocacia Pública em cada Seccional.

Ministra Carmen Lúcia: Também agradeço a oportunidade e continuo à disposição. É sempre bom falar das origens aos jovens. E precisamos de jovens combativos e inventivos. O caminho ainda é longo, mas certamente muito profícuo para a Advocacia Pública.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Chama o síndico


Dálcio

17 anos da Lei de Improbidade Administrativa e o papel da Advocacia Pública

Na iminência do aniversário de 17 anos da Lei de Improbidade Administrativa, a atuação da Advocacia Pública em geral no emprego da ação de improbidade administrativa ainda é tímida.

Ressalvadas a Advocacia Geral da União e algumas Procuradorias de Estado, que possuem unidades especializadas na propositura de ações voltadas à recomposição do patrimônio público em virtude de atos de improbidade, grande parte das demais instituições pouco utiliza este valioso mecanismo também à disposição dos Estados, Municípios e União.

A razão talvez seja a excessiva proximidade com a perspectiva de uma “Advocacia de Governantes”, e não com a concepção de uma Advocacia de Estado, protetora do interesse e patrimônio público.

O fato é que poucas instituições de Advocacia Pública no âmbito estadual e municipal ajuizaram ao menos uma ação de improbidade administrativa nos 17 anos da referida lei.

Na visão dos Procuradores da Cidadania, na medida em que a Advocacia Pública pretende se tornar cada vez mais próxima da sociedade e resguardar de forma combativa o interesse público, ainda resta muito a avançar, especialmente quando se reporta a instrumentos extremamente eficazes como a ação de improbidade administrativa.

Segue abaixo interessante matéria sobre algumas ações de improbidade administrativa propostas pela AGU.



17 anos da Lei de Improbidade são comemorados com ações contra gestores públicos para cobrar mais de R$ 1 mi desviados da educação

Para comemorar os 17 anos da Lei 8.429/92 de Improbidade Administrativa, a Procuradoria Regional Federal da 5ª Região (PRF5) ajuizou três ações contra agentes públicos que empregaram indevidamente dinheiro da União.

Juntas, as ações somam aproximadamente R$ 1,23 milhão, repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para aplicação na área educacional, desviados pelos gestores.

A lei prevê a responsabilização do agente público na prática de atos que impliquem em enriquecimento ilícito do gestor, prejuízo ao erário e lesão aos princípios da administração pública.

Eles poderão perder suas funções, ter suspensos os direitos políticos e serem proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios e incentivos fiscais pelo prazo de cinco anos. Terão, também, que pagar multas civis, que podem superar o valor do dano em até duas vezes.

De acordo com o procurador federal Cristiano Gurgel, que atuou em um dos casos em questão, as ações buscam coibir e punir esse tipo de conduta. "É direito de todo cidadão ter um governo honesto, eficiente e zeloso pela coisa pública. A atuação da PRF5 pretende, justamente, fazer valer esse direito", ressaltou o procurador.

Prefeitura de Ipojuca

Uma das ações foi proposta contra o prefeito do município pernambucano de Ipojuca, Pedro Serafim de Souza Filho, e secretários Romero Antônio Raposo Sales, Tânia de Paula Silva e Cordeiro da Silva Filho.

Os agentes públicos teriam aplicado indevidamente cerca deR$ 420 mil repassados pelo FNDE. O dinheiro deveria ter sido utilizado na aquisição de gêneros alimentícios para alunos matriculados em creches e escolas da rede pública.

Tais repasses, provenientes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar para Creche (PNAC), foram alvos de tomadas de contas especiais e ações de controle, por parte da auditoria do FNDE e da Controladoria-Geral da União. As investigações apontaram graves irregularidades.

Os acusados deverão ser responsabilizados por transferências de recursos do PNAE, no ano de 2005, e do PNAC, em 2006, para a conta municipal. Eles não demonstraram a utilização das verbas nas ações de educação e não houve a devida divulgação do processo licitatório para aquisição dos produtos, ato que levou ao prejuízo de cerca de R$ 247 mil.

Prefeitura de Araçoiaba

O ex-prefeito do município de Araçoiaba (PE), Hildemar Alves Guimarães, é o réu da outra ação civil pública por ato de improbidade administrativa proposta pela PRF5.

Durante sua gestão, o município firmou o Convênio nº 9575/97 com o FNDE relativo ao Plano de Trabalho Anual (PTA), para capacitar 360 alunos da Educação de Jovens e Adultos. O acordo era de aproximadamente R$ 8,3 mil. O FNDE arcaria com R$ 7,4 mil e a prefeitura com R$ 828.

Além disso, o município recebeu do FNDE recursos da conta do PNAE, do Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) e do Programa Nacional de Educação de Jovens e Adultos (PEJA).

Para verificar a regularidade da aplicação das verbas transferidas para o PNAE, o FNDE realizou auditoria e constatou que o programa não estava sendo realizado de forma satisfatória. Por isso, requereu ao município a apresentação dos procedimentos licitatórios relativos ao programa, ou a devolução dos recursos transferidos, devidamente corrigidos. O ex -prefeito de Araçoiaba foi notificado para prestar contas sobre os programas, mas se manteve omisso.

O procurador federal Artur Orlando de Albuquerque da Costa Lins, que moveu a ação, informou que os gestores devem devolver aos cofres públicos cerca de R$167 mil.

Fepeal

A terceira ação movida já possui uma decisão favorável condenando a Federação Pernambucana de Escolas Alternativas (Fepeal) por não ter cumprido o Convênio nº 828.068/06, firmado com o FNDE para alfabetização de jovens e adultos.

O acordo era para execução do Programa Brasil Alfabetizado (BRALF), criado pelo Governo Federal, com o objetivo de reduzir o número de analfabetos no país e contribuir com a inclusão social dos beneficiários.

O convênio determinava a contribuição de aproximadamente R$ 475 mil pelo FNDE e de quase R$ 4,8 mil pela Fepeal. Contudo, houve a suspeita de que a Federação não estivesse cumprindo a sua contrapartida financeira.

O FNDE realizou auditoria interna e concluiu que o Programa não estava sendo cumprido. A Fepeal cumpriu apenas 2,5% do objetivo do convênio, não pagou aos alfabetizados e retirou recursos da conta referente ao convênio sem informar a destinação dos valores.

A Justiça Federal acolheu os argumentos da ação protocolada pelos procuradores federais Artur Orlando de Albuquerque da Costa Lins e João Paulo Melo. Determinou a indisponibilidade dos bens da Fepeal e da sua representante legal Maria Luciana de Araújo, até o limite de R$ 643,4 mil, e a expedição de ofícios à Delegacia da Receita Federal do Brasil para receber cópias dos demonstrativos de recolhimento do CPMF a partir de 27/12/06 e das últimas cinco declarações do ajuste anual.

A atuação foi resultado da parceria entre o Serviço de Cobrança e o Núcleo de Atuação Prioritária, ambos da PRF5. A PRF5 é uma unidade da Procuradoria-Geral Federal (PGF), órgão da Advocacia-Geral da União (AGU).

Fonte: www.agu.gov.br

domingo, 21 de junho de 2009

Deferido pelo STF ingresso da ANPM como amicus curiae

A Associação Nacional dos Procuradores Municipais peticionou pleiteando junto ao Supremo Tribunal Federal seu ingresso como amicus curiae na PSV - Proposta de Súmula Vinculante n.º 18, o que foi deferido. A petição foi subscrita pelo Advogado e Procurador do Município de Belo Horizonte Cristiano Reis Giuliani e sugere a extensão do debate às carreiras da advocacia pública na União, nos Estados e nos Municípios, com esta redação:

"O exercício das funções da Advocacia Pública na União, no Estados e nos Municípios, constitui atividade exclusiva dos advogados públicos efetivos, a teor do que dispõe a Constituição Federal de 1988".

Fonte: www.anpm.org.br

Manifesto da AGE-MG


Integrantes da Comissão de Mobilização da APEMINAS estiveram na manhã desta última quinta-feira (18/6), na sede da Advocacia Geral do Estado (AGE), para entregar a 74 procuradores que ocupam cargos de chefia, um manifesto de alerta sobre a importância da participação dos mesmos no Movimento pelo Resgate da Dignidade da Advocacia Pública Mineira. Lá acontecia um evento, promovido pela AGE, que reuniu os chefes em todo o Estado. Atualmente, a maioria deles não participa dos atos de mobilização, sendo que alguns sequer são filiados da APEMINAS. Junto ao manifesto, também foi entregue o ofício enviado pelo advogado-geral do Estado, José Bonifácio Borges Andrada, durante a última semana, considerando difícil atender as reivindicações da classe e considerando desinteressante para o Estado a liberação da advocacia privada.

Segundo o presidente Gustavo Chaves Carreira Machado, que participou da distribuição do manifesto, é imprescindível que todos os chefes se mobilizem também e se conscientizem que apesar de estarem nos cargos que ocupam, são procuradores do Estado, acima de tudo. “Sinto que os chefes, por ter condições melhores na carreira, não se interessam em participar deste movimento. É uma pena e espero que todos se engajem em nossa causa e nos ajude. Amanhã eles podem não estar mais nos cargos de chefia”, argumentou.

O vice-presidente da APEMINAS, João Lúcio Martins Pinto foi outro diretor que também esteve na sede da AGE nesta quinta-feira. Ele lamentou a não participação dos colegas dos cargos de chefia. “Se todos nos ajudassem, nosso Movimento seria bem mais forte”, frisou. O diretor social da APEMINAS, Marco Túlio Carvalho Rocha também esteve presente no ato.

Ao todo, são cerca de 80 os cargos de chefia na AGE. A APEMINAS possui pouco mais de 400 procuradores. “Percebemos que é quase de 25% o percentual de procuradores que ocupam cargos de chefia. Eu participo não somente dos atos da mobilização, como também sou diretor da APEMINAS. Engajo-me pela valorização da minha carreira”, falou Jaime Nápoles Villela, que é chefa no IEPHA.

Durante o evento na sede da AGE, o advogado-geral adjunto Alberto Guimarães de Andrade disponibilizou 15 minutos para que Gustavo Chaves falasse aos presentes sobre o Movimento pelo Resgate da Advocacia Pública Mineira. Os procuradores do Estado Cristiano Amaro, Juarez Raposo Oliveira e Saulo de Freitas marcaram presença.

Fonte: www.age.mg.gov.br

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Atos Secretos

Ique

UNAFE assina convênio com AGU e CNJ sobre advocacia pro Bono

A Advocacia-Geral da União e o Conselho Nacional de Justiça firmaram, no dia 9 de junho, um convênio pelo qual os membros da AGU ficam autorizados a exercer a advocacia pro bono (voluntária) nos mutirões carcerários do CNJ. O Diretor-Geral da UNAFE, Rogério Vieira Rodrigues, e presidentes de associações das carreiras jurídicas de Estado também assinaram o convênio, representando os Advogados Públicos Federais.

“Temos 8 mil advogados públicos federais na ativa, representados por suas associações, todos com o espírito público de contribuir com a sociedade por meio da advocacia pro bono”, assegurou o ministro Toffoli. Segundo ele, havia um parecer anterior da AGU que vedava ao advogado público exercer advocacia fora da instituição. “Tivemos que enfrentar esse parecer e eu editei uma portaria para permitir que o advogado público possa auxiliar nesse projeto da maior relevância, uma verdadeira política de direitos humanos que dignifica as pessoas que estão presas indevidamente”, explicou o ministro.

O presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Gilmar Mendes (STF), agradeceu a participação das associações que congregam as carreiras jurídicas de Estado no convênio entre a AGU e o CNJ. “Existe um grande déficit de defensoria pública no país e vários presos que já cumpriram suas penas ainda estão encarcerados por falta de um advogado, e daí a necessidade do CNJ liderar esse trabalho que emprega o conceito de advocacia voluntária”, disse Gilmar Mendes. Segundo ele, em alguns presídios houve essa experiência e a AGU deve ser seguida por outros órgãos que podem contribuir com o mutirão.

2 milhões de ações

Por meio de outro convênio assinado no dia 9/06, para troca de informações, a AGU passa a contribuir para que o CNJ atinja a sua meta de concluir os processos protocolados até 31 de dezembro de 2005 – mais de 2 milhões de ações.

O ministro Toffoli informou que editou várias súmulas, permitindo aos Advogados Públicos Federais negociarem acordos nas ações que envolvem a União, mas alguns juízes não reconhecem as súmulas e isso tem dificultado a conclusão de muitos processos. “É importante sistematizar os meios de comunicação para que os órgãos se falem e troquem as informações necessárias para melhorar o trabalho da justiça brasileira e a AGU está no firme propósito de ajudar o CNJ em reduzir a litigiosidade e quantidade de processos judiciais”, afirmou o ministro.

Gilmar Mendes lembrou que alguns tribunais estão longe de cumprir a meta de decidir os processos até 2005. “Essas parcerias que estamos fazendo são esforços no sentido de criarmos e termos uma justiça mais célere e eficaz. No modelo brasileiro, a União e suas autarquias são grandes responsáveis pela massa de processos que tramitam na justiça, daí a importância desse convênio com a AGU”, disse o presidente do CNJ.

Fonte: www.unafe.org.br

I Congresso da Advocacia Pública no Espírito Santo - O papel do advogado público no controle da legalidade das políticas públicas

O I Congresso da Advocacia Pública no Espírito Santo foi encerrado na sexta-feira (05), no Centro de Convenções de Vitória, com a presença do ministro e advogado geral da União, Antônio José Dias Toffoli, que falou sobre o papel do advogado público no controle da legalidade das políticas públicas.

Em sua preleção, o ministro discorreu sobre as premissas da atuação dos advogados públicos. Segundo ele, é importante que o advogado tenha em mente que seu papel não é fazer juízo de mérito sobre as políticas públicas, mas dar a elas roupagem de legalidade. Outro princípio importante, de acordo com Tofolli, é o de que as únicas políticas inconstitucionais são aquelas contrárias às clausulas pétreas. “Somos juízes da segurança jurídica das políticas públicas do Estado”, afirmou o ministro.

O procurador-geral do Estado, Rodrigo Rabello Vieira, esteve presente na cerimônia de encerramento e classificou o evento como um momento histórico da advocacia pública capixaba. “O marco deste evento é a troca de experiências. Certamente esta troca irá frutificar em nosso dia a dia”, afirmou o procurador-geral.

No encerramento, foram lidos os enunciados de interesse da advocacia pública, elaborados pelos grupos de trabalho de cada categoria.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Compromisso com o Paraná

A campanha APEP - Compromisso com o Paraná, que marca os trinta anos da Associação dos Procuradores do Estado do Paraná, já está em marcha e prosseguirá ao longo do ano com diversos eventos e utilização de diferentes mídias.

O objetivo é mostrar aos cidadãos paranaenses quem são e o que fazem os procuradores do Estado. Sabemos que a nomenclatura das carreira jurídicas dá margem a algumas confusões e sabemos também que somente poderemos alcançar o reconhecimento almejado na medida em que a cidadania seja esclarecida acerca das funções do procurador do Estado no trato e na defesa da coisa pública.

A sociedade deve reconhecer no procurador do Estado um aliado seu. Daí a necessidade de construirmos e mostrarmos nossa imagem à população paranaense. Nesse sentido, realizamos, em parceria com a OAB/PR, um café da manhã com representantes da sociedade civil organizada. Outras ações virão.

PGE-RN - Mais agilidade para as ações de saúde

Com o aumento da demanda de ações judiciais referentes ao fornecimento de medicamentos de alto custo, órteses, próteses e tratamentos especiais, a Procuradoria Geral do Estado tem atuado junto ao Poder Judiciário para que as sentenças sejam compatíveis com o orçamento e a disponibilidade técnica do Estado.

"O volume de ações tem crescido consideravelmente nos últimos anos e esses processos têm desestabilizado as contas do Estado. Precisamos atender a população, mas com responsabilidade. Quando uma sentença obriga a custear um tratamento caríssimo, até no exterior, como aconteceu em um caso recente, o Estado tem que disponibilizar em poucas horas, mesmo sem ter orçamento disponível", comenta o procurador-geral do Estado, Francisco de Sales Matos.

Para agilizar o trânsito de informações referentes aos processos e dar a possibilidade de argumentação ao Estado, a PGE firmou uma parceria com a Justiça Federal. Nas ações que pedem antecipação de tutela e liminares com prazo de 72 horas, mesmo com a urgência da liberação do parecer, o Estado terá a possibilidade de encaminhar suas informações ao juiz responsável, via correio eletrônico.

"Essa parceria tem a finalidade de oferecer ao Estado um mecanismo para que possa se pronunciar a respeito do caso antes da concessão da tutela. Essas informações poderão ser fornecidas tanto pela Procuradoria quanto pela própria Secretaria Estadual de Saúde e são fundamentais para evitar erros, como foi o caso em que o juiz determinou o fornecimento de um medicamento cujo registro havia sido cancelado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária", explica a procuradora Adriana Torquato.

De acordo com a procuradora, a parceria será iniciada em breve em caráter experimental e, caso tenha retorno positivo, deverá ser efetivada.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

AGU defende novo entendimento da Câmara dos Deputados sobre MPs


A Secretaria-Geral de Contencioso (SGCT) da Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou contestação em mandado de segurança impetrado por três parlamentares, no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a nova interpretação conferida pela Câmara dos Deputados que permite a análise de determinadas matérias mesmo quando a pauta da Casa estiver trancada por Medidas Provisórias (MPs).

A AGU argumentou que a Câmara possui amparo constitucional na interpretação do artigo 62, parágrafo 6º, da Constituição Federal (CF), redigido após a Emenda Constitucional nº 32/2001, que alterou significativamente a sistemática das MPs.

"Se a MP não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando", diz o parágrafo 6 do artigo 62 da CF.

Apenas matérias que podem ser tratadas por MPs ficam paradas. Mas, deliberações relacionadas a emendas constitucionais, projetos de lei complementar, decretos legislativos e resoluções não ficam paralisados pelo fato de haver uma MP pendente de apreciação na Câmara dos Deputados.

Assim, a SGCT rebateu a tese dos deputados da oposição, ressaltando que o princípio da harmonia entre os Três Poderes leva à necessidade de se resguardar o poder de agenda das deliberações das Casas Legislativas, de forma a não bloquear a elaboração de leis.
A liminar foi indeferida pelo STF, no final de março, e o mérito da ação será analisado agora pelo Ministro Celso de Mello.

A SGCT é o órgão da AGU responsável pelo assessoramento do Advogado-Geral da União nas atividades relacionadas à defesa judicial da União perante o STF.

Pente-fino no Senado



Fonte: Pelicano

PGE-AL participa de encontro no CNJ

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) participou no último dia 3 de junho, da reunião extraordinária do Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal (CNPGEDF). O evento aconteceu no plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília. Na pauta, a discussão de medidas para acelerar os processos de execuções fiscais da União, dos Estados e dos Municípios.

Para iniciar os debates, os representantes do CNJ expuseram aos participantes, dados que mostram a realidade das execuções fiscais em cada estado brasileiro. A preocupação do CNJ é que hoje, a grande parte dos processos paralisados na Justiça trata-se de execução fiscal.

Acordados em forma de parceria com o CNJ, os participantes se comprometeram em enviar, ainda este mês, à presidência do CNPGEDF, informações que possam ajudar na busca de soluções para o problema. Entre os dados serão encaminhados a forma de atuação de cada estado no que concerne ao executivo fiscal, os limites de ajuizamento e inscrição em dívida ativa, o volume de ações ajuizadas, os mecanismos de agilização e outros.

Além de representantes das procuradorias estaduais e do Distrito Federal, e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, o encontro contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes. De Alagoas, representou o procurador-geral do Estado, Mário Jorge Uchôa Souza, o procurador Marcos Vieira Savall, lotado no escritório da PGE na capital federal.

terça-feira, 16 de junho de 2009

A Prerrogativa de Prazo das Procuradorias Estatais e do Ministério Público e o Projeto de Lei nº 61/2003

Por Cristovam Pontes de Moura*

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 61/2003, de autoria do então Deputado José Roberto Batochio (PDT-SP), o qual visa à revogação do artigo 188 do Código de Processo Civil, que “dispõe sobre o cômputo em quádruplo do prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o Ministério Público”.

A justificativa apresentada se concentra num único argumento: o de que a previsão de tais prazos elastecidos seria um resquício da ditadura militar, violando o princípio da isonomia.

A questão não é nova. Na verdade, sempre houve tentativas de abolição das prerrogativas de prazo das Procuraturas Públicas e do Ministério Público1, tendo se tornado lugar-comum atribuir todas as mazelas do processo aos prazos dilatados, acrescentando ao argumento de infringência à igualdade inter partes pretensa responsabilidade pela morosidade da tramitação processual.

Ora, basta um olhar atento às especificidades das entidades detentoras de tal prerrogativa para se constatar que as conclusões alcançadas pelo Projeto de Lei nº 61/2003 são falaciosas.

Inicialmente, espanca-se a alegação de que a previsão da prerrogativa de prazo sejam criações do regime militar pelo simples fato de o Código Processo Civil ter sido promulgado em 1973, pois, a um só tempo, comete-se uma impropriedade e uma injustiça. A impropriedade reside em não se observar que a distinção de prazo já existia no Código de 1939, e a injustiça, na temerária estratégia de imputar a toda e qualquer norma que tenha entrado em vigor entre 1964 e 1985 a pecha de “resquício da ditadura militar”.

No tocante ao princípio da isonomia, tem-se que não diz simplesmente com a igualdade formal, mas principalmente com a igualdade material, consistindo em “quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se desigualam2”. Nessa linha, seria impraticável atribuir às Procuradorias Estatais e ao Ministério Público os mesmos prazos peremptórios a que está sujeito o particular, pois, ao contrário do que ocorre com os advogados, não é dado aos membros dessas instituições escolher sua demanda – sempre superior à capacidade dos respectivos quadros –, sendo obrigados a oficiar em tantos processos quantos lhe forem confiados. Impende salientar que o mesmo raciocínio se aplica aos Defensores Públicos, contemplados com prerrogativa de prazo em dobro pela Lei nº 7.871/89 e que, por ora, não enfrentam a ameaça.

Especificamente tratando das Procuraturas Públicas, não se olvida que, para uma instrução processual íntegra, estão submetidas a uma série de procedimentos burocráticos – ínsitos à Administração Pública – para coletar material a fim de alcançar a contextualização fática da demanda. Sem isso, restringir-se-ia a ampla defesa e o devido processo legal, prejudicando-se a defesa do interesse público, o que, a princípio, não poderia interessar a cidadão algum.

Ademais, a justificativa trazida pelo Projeto se encontra superada doutrinária3 e jurisprudencialmente, sendo entendimento pacífico no Supremo Tribunal Federal a consonância da prerrogativa de prazo com a isonomia material4.

Por oportuno, refuta-se também a arguição de que os prazos dilatados causariam morosidade processual, visto que, além de tal afirmação não possuir base científica, evidencia-se que os atrasos existentes não são mensurados em alguns dias, mas em vários anos, em virtude de uma série de fatores dentre os quais, certamente, não está incluído o prazo distinto de que trata o Projeto.

Desse modo, é imprescindível destacar que a prerrogativa de prazo não se consubstancia em “privilégio”, mas em direito com status de fundamental, na medida em que concretiza o devido processo legal na perspectiva das Procuradorias Estatais e do Ministério Público, que, cada qual a seu modo, representam os interesses de todo o corpo social.

Em tempo: o Projeto de Lei nº 61/2003 foi apreciado no âmbito do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, tendo o relator, Conselheiro Tito Costa de Oliveira, Procurador do Estado do Acre, se manifestado pelo seu arquivamento. Da mesma forma, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado da República rejeitou a proposta.

*Cristovam Pontes de Moura é Procurador do Estado do Acre, Coordenador de Execução (titular) e de precatórios (substituto), Pós-Graduado em Direito Processual Civil e Direito Constitucional, Membro de Assuntos Jurídicos da Associação dos Procuradores do Estado do Acre - APEAC.

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[1] BARBOSA MOREIRA, José Carlos. Benefício da Dilatação de Prazo para a Fazenda Pública. Revista de Processo, n. 1, São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 51-58, jan./mar. 1976.
[2] BARBOSA, Rui. Oração aos Moços. Martin Claret: São Paulo, 2003, p.19.
[3] MIRANDA, Francisco Cavalcanti Pontes de. Comentários ao Código de Processo Civil. Tomo III 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p. 147; CUNHA, Leonardo José Carneiro da. A Fazenda Pública em Juízo. 3. ed. São Paulo: Dialética, 2007. p. 34.
[4] RE 133984, 1ª T., Rel. Min. Sydney Sanches, j. 15.12.1998, DJ 18.6.1999, p. 22; RE 194925 ED-EDv, Plenário, Rel. Min. Ilmar Galvão, j. 24.3.1999, DJ 19.4.2002, p. 59; AI 349477 AgR, 2ª T., Rel. Min. Celso de Mello, j. 11.2.2003, DJ 28.2.2003, p. 13; RE 453740, Plenário, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 28.2.2007, DJe-087 DJ 24.8.2007, p. 56.

Last Day Dream

Uma vida resumida em 42 segundos. Ótimo vídeo do diretor Chris Milk.

PGE-SC é referência para estados brasileiros

Diversos estados brasileiros estão aumentando a arrecadação graças a uma tese da Procuradoria Geral do Estado de Santa Catarina (PGE/SC) relacionada à cobrança de ICMS sobre demanda de energia para grandes empresas.

Recentemente, o Estado de Goiás, baseado em súmula editada em SC, comemorou o primeiro êxito judicial numa ação para obrigar uma indústria a pagar o tributo.

Historicamente, em todo o país, grandes empresas deixavam de recolher o imposto, amparadas em decisões judiciais. Em 2008, a PGE provou a legalidade da cobrança e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina editou a Súmula 21, confirmada em março pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Diferentemente do consumidor doméstico, a tarifa de energia elétrica de grandes indústrias é calculada sobre dois elementos: o consumo efetivo e a demanda de potência, que é a garantia de fornecimento de alto fluxo de energia e que busca dar segurança a grandes consumidores.

Assim, a tese catarinense de cobrar ICMS sobre a demanda de energia foi referendada pelo STJ e está servindo para todo o país, melhorando a arrecadação nos estados.

Fonte: www.pge.sc.gov.br

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ministro Toffoli prestigia aniversário de 3 anos da UNAFE

A comemoração dos 3 anos da UNAFE, na noite de terça-feira (09/06), contou com a participação do Advogado-Geral da União, ministro José Antonio Dias Toffoli, e de várias autoridades. Durante o evento, Toffoli reafirmou a importância das entidades de classe na busca pela melhoria da qualidade nas condições de trabalho do Advogados Públicos Federais e disse que a AGU está aberta a receber seus diretores para dialogar. Na oportunidade, parabenizou a UNAFE pelo aniversário e falou sobre a importância da aproximação da UNAFE com outras instituições, como o Congresso Nacional.

O Diretor-Geral da UNAFE, Rogério Vieira, agradeceu a participação de todos e ressaltou a trajetória vitoriosa da entidade nesses 3 anos de existência. Agradeceu o empenho da diretoria anterior, na pessoa do Advogado Público Federal Danilo Miranda, e de toda a equipe UNAFE. Disse estar disposto a lutar pelo fortalecimento da classe e pelos ideais da democracia e transparência, pilares da entidade.

Também estiveram presentes na cerimônia o Procurador-Geral da União, Fernando Albuquerque Faria, o Procurador-Geral Federal, Marcelo Siqueira Freitas, seu substituto Marcelo da Silva Freitas, o Procurador-Regional da União da 1a Região, Manuel Dantas, a presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, e o Dr. João Aguiar Drummond, além de parceiros da UNAFE e associados de vários Estados.

Fonte: www.unafe.org.br

Empresas terceirizadas poderão ter que pagar salários antes de receber dinheiro da União


Empresas terceirizadas que atuam em órgãos da União terão que acertar salários e outros direitos trabalhistas com os funcionários antes de receber recursos da instituição que as contratou. Essa é uma das alternativas estudadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) para evitar problemas que vêm se tornando constantes no serviço público.

Há vários casos em que a União foi condenada pela Justiça do Trabalho a acertar dívidas não pagas por empresas prestadoras de serviços terceirizados.

Devido às diversas reclamações feitas por empregados dessas empresas, a AGU instituiu um Grupo de Trabalho (GT) para estudar o assunto. O GT foi constituído por meio da Portaria AGU nº 698, assinada pelo Advogado-Geral da União Substituto, Evandro Costa Gama, no dia 27 de maio passado.

O Grupo foi incumbido de propor medidas "para aperfeiçoar a utilização eficiente dos contratos de terceirização de serviços da União". Os contratos são regidos por Instrução Normativa do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que participa das discussões. As soluções encontradas pelo GT poderão ser encampadas por toda Administração Federal.

As principais queixas de funcionários terceirizados são relativas a atrasos de pagamentos de salários e de verbas rescisórias. A Ouvidoria-Geral da AGU também recebe diversas denúncias contra empresas contratadas que, rotineiramente, descumprem obrigações trabalhistas de forma geral.

Antes da criação do GT, a AGU promoveu diversos encontros para analisar o problema. A primeira reunião, realizada em abril deste ano, contou com a participação do Departamento Trabalhista da Procuradoria-Geral da União (PGU), do Departamento de Assuntos Jurídicos Internos (Daji), da coordenação-Geral de Logística da Secretaria-Geral da AGU e da Ouvidoria-Geral da instituição.

De acordo com o Ouvidor Gabriel Felipe de Souza, a Ouvidoria-Geral da AGU sugeriu a criação do GT porque, além de receber reiteradas demandas de empregados terceirizados, tem como uma de suas atribuições o estabelecimento de diálogo e a mediação entre as diversas unidades. "É nossa função sugerir mudanças nos processos internos, visando melhorias na atuação da instituição", justificou.

Portaria

A intenção é fazer um estudo comparativo dos editais de licitação, contratos administrativos e rotinas de fiscalização adotadas por outras entidades e órgãos públicos. A proposta de o órgão público contratante só repassar recursos depois que a empresa contratada comprovar que seus funcionários já tenham recebido seus direitos é uma das soluções mais apreciadas pelo Grupo. Segundo ele, a idéia já foi colocada em prática com sucesso pela Câmara Federal.

Depois de enfrentar vários golpes de empresas "de fachada", cujos proprietários decretaram falência de uma hora para outra ou simplesmente desapareceram sem acertar as dívidas, a Câmara implantou o sistema, que vem dando certo. Em casos como esse, por responsabilidade, as dívidas das empresas terceirizadas têm que ser saldadas pelo órgão público que as contratou.

Grupo de Trabalho

Além de propor soluções para o problema, o relatório final do GT terá que apresentar estratégias para a defesa da União nas ações judiciais que envolvam licitações e contratos de terceirização de serviços. Também é tarefa do Grupo apresentar relatório final ao Advogado-Geral da União, com lista de sugestões de medidas administrativas necessárias ao incremento da utilização eficiente da terceirização.

O Grupo é integrado por Mário Luiz Guerreiro e Eduardo Watanabe (pela PGU); Douglas Henrique Marin dos Santos e Estanislau Viana de Almeida (pela Procuradoria-Geral Federal [PGF]); Marta Emília Barros Coelho Silva (pela Secretaria-Geral da AGU); Paulo Álvares Babilônia (pelo Daji/AGU) e por Miguel Gomes de Queiroz (da Consultoria-Geral da União [CGU/AGU]), além dos representantes da Ouvidoria-Geral da AGU.

Dunga ou Maradona


Aroeira

Relator vai incluir Advocacia Pública na PEC do adicional por tempo de serviço

UNAFE participou de audiência pública na Câmara e defendeu o ATS para os membros da AGU

A UNAFE participou hoje, na Câmara Federal, de audiência pública realizada pela Comissão Especial instalada para discutir a PEC n° 210/2007, que restabelece o pagamento do Adicional por Tempo de Serviço - ATS aos membros da Magistratura e do Ministério Público. Representando o Diretor-Geral da entidade, o Diretor Financeiro, Júlio César Melo Borges, integrou a mesa de autoridades e defendeu a aprovação da Emenda Constitucional com a instituição do adicional para todas as carreiras que integram as Funções Essenciais à Justiça, indicadas no capítulo IV da Constituição Federal, isto é, a Advocacia Pública e a Defensoria Pública.

A audiência pública foi realizada para que os deputados federais pudessem ouvir as entidades interessadas no tema. O deputado Laerte Bessa (PMDB-DF), relator da PEC, considerou importante a participação das associações do setor, “para que o relatório venha fazer justiça e reponha um direito das categorias típicas de Estado”, disse.

Além da UNAFE, participaram da mesa os presidentes da Associação dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA, Luciano Athayde Chaves; da Associação dos Procuradores do Trabalho – ANPT, Fábio Leal Cardoso; do Sindicato dos Auditores do Trabalho – SINAIT, Rosa Maria Campos Jorge; e da Associação dos Auditores da Previência – ANFIP, Jorge Cezar Costa.

Para o diretor da UNAFE, Júlio César Melo Borges, a PEC 210/2007 “restaura sistema remuneratório adequado aos membros das Funções Essenciais à Justiça”, dizendo, ainda, “confiar na relatoria do deputado Laerte Bessa, no sentido de conferir tratamento igualitário entre a Advocacia Pública, o Ministério Público e Defensoria Pública”.

Segundo informação da assessoria parlamentar da UNAFE, o deputado-relator, Laerte Bessa, confirmou hoje a inclusão da Advocacia Pública, ao lado da Magistratura, do Ministério Público e da Defensoria Pública, no texto do seu relatório sobre a PEC 210, a ser apresentado até o próximo dia 23.

Fonte: www.unafe.org.br

sábado, 13 de junho de 2009

STJ abre as portas da era digital para o Poder Judiciário

Com um clique, o presidente do Tribunal, ministro Cesar Asfor Rocha, realizou nesta segunda-feira, dia 8, a primeira distribuição eletrônica de processos digitalizados. A novidade transforma o que antes era papel em arquivo digital e torna o trabalho da Justiça célere de uma maneira como nunca se viu. Poucos minutos após a distribuição inédita, o ministro Luis Felipe Salomão despachou em seu gabinete o primeiro ato realizado por meio do novo sistema. A decisão já foi encaminhada para publicação.

“Este é o maior salto que a Justiça dá para a sua modernização”, afirmou o ministro Cesar Rocha durante a cerimônia de lançamento do novo sistema. Para advogados e procuradores das partes, o avanço é igualmente enorme. Uma nova sala virtual inaugurada no portal do STJ, o e-STJ, possibilitará o envio ao Tribunal de petições eletrônicas e a visualização dos autos 24 horas por dia, sete dias por semana, de qualquer terminal com acesso à internet e simultaneamente entre os interessados. Para os advogados, basta ter certificação digital no padrão ICP-Brasil e cadastrar-se no sistema.

O STJ pretende eliminar o processo em papel até o final de 2009. Entre as vantagens, o ministro Cesar Rocha destacou a velocidade com que os autos chegarão aos ministros. Atualmente, um recurso especial em papel pode levar de cinco a oito meses entre a saída da segunda instância até o STJ. Com o processo eletrônico, esse tempo será reduzido para sete dias.

Mas a evolução deverá ser maior ainda, à medida que os outros tribunais aderirem à tecnologia. Quando os processos já chegarem ao STJ por meio digital, em 72 horas os autos estarão à disposição dos ministros. “Temos a crença de que os Tribunais de Justiça e os Tribunais Regionais Federais irão, em pouco tempo, remeter seus processos para o STJ de maneira eletrônica”, afirmou o presidente. O ministro colocou o software desenvolvido pela equipe do STJ à disposição dos demais tribunais do país.

Preocupado com o excesso de papel no Tribunal, o vice-presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, destacou que este é um momento realmente histórico no Judiciário brasileiro, pois está ocorrendo uma mudança de paradigma. “Nós estamos diante de um outro modelo que, espero, possa ajudar na melhoria da prestação jurisdicional”, afirmou.

Segundo o desembargador Luiz Alberto Gurgel de Farias, presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, o processo eletrônico é o futuro. Para ele, a iniciativa do ministro Cesar Rocha é um marco. “É um caminho sem volta. Os TRFs já estão se preparando para essa realidade. Acredito que os Tribunais de Justiça também. Nos juizados especiais federais, isso já é uma grande realidade. Por isso, num futuro breve, estaremos com os nossos processos totalmente eletrônicos”, disse.

O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, também compareceu à cerimônia e destacou ser este um momento extremamente importante porque não há outro caminho para equacionar a gigantesca demanda que é posta na responsabilidade do Poder Judiciário e também dos tribunais superiores. “O sistema que se implanta no STJ virá ao encontro desse objetivo de qualificar o Poder Judiciário com os melhores instrumentos para atender a prestação jurisdicional”, concluiu.

Para a presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Secção do Distrito Federal, Estefânia Viveiros, a nova ferramenta inaugurada pelo STJ será um importante passo para a efetividade da justiça. Ela parabenizou o Tribunal por ter iniciado não só o debate sobre o tema da tecnologia, mas por tê-la aplicado na prática.

De acordo com a presidente da OAB-DF, todos já se encontram preparados para utilizar a nova ferramenta. “O advogado cada dia está mais consciente de que ele precisa ser inserido no processo eletrônico. Tanto é verdade que a própria Ordem buscou modernizar a sua carteira, que hoje tem certificado digital, ou seja, é uma carteira pronta para que o advogado participe do processo eletrônico”, explicou.

Foto 1 - Gráfico da virtualização do processo
Foto 2 - Ministros César Rocha e Ari Pargendler
Foto 3 - Solenidade

sexta-feira, 12 de junho de 2009

UNAFE vai divulgar ações e campanhas do IPREDE

A União Nacional dos Advogados Públicos Federais-UNAFE firmou um convênio com o Instituto de Prevenção à Desnutrição e à Excepcionalidade – IPREDE, para divulgar no site desta associação as ações e campanhas daquela instituição. O convênio, que tem validade por um ano, foi assinado no último dia 29 de maio pelo Diretor-Geral da UNAFE, Rogério Vieira Rodrigues, e o Presidente do IPREDE, Sulivan Mota.

O convênio é o primeiro de uma campanha que a UNAFE está desenvolvendo na área social, incluindo atividades de promoção à cidadania. A visita da diretoria da UNAFE ao Instituto IPREDE, para assinatura do convênio, fez parte das atividades paralelas ao Café da Manhã com Parlamentares, realizado em Fortaleza no último dia 30 de maio. Na visita solidária, os diretores conheceram um pouco mais dessa ONG que atua há 22 anos no combate à desnutrição infantil.

O IPREDE é referência nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil no tratamento do problema. Tem como missão promover a saúde da criança, do adolescente e de suas famílias, com ênfase na nutrição e no desenvolvimento humano, produzindo tecnologias sociais replicáveis.Conta atualmente com equipes multiprofissionais capacitadas para prestar assistência às necessidades globais de nutrição, crescimento e desenvolvimento da criança.

A entidade mantém em seu quadro profissionais de Nutrição, Medicina, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia,Odontologia, Pedagogia, Assistência Social, Enfermagem e Psicomotricidade que prestam atendimento em base individual, em grupo e em atividades de estimulação precoce e terapêutica. Tem utilizado e testado os protocolos de atendimento para crianças desnutridas propostos pela Organização Mundial da Saúde.

Fonte: www.unafe.org.br

A PEC dos Precatórios é pior do que parecia

O editorial "A PEC do Calote é pior do que parecia" foi publicado na edição de hoje (08) do Jornal da Tarde (SP):

"Além da violência que representa contra os direitos de quem tem créditos a receber de Estados e municípios, resultantes de decisões judiciais - o que já é largamente suficiente para sua condenação -, a chamada PEC dos Precatórios, cujo objetivo é tornar ainda mais difícil o seu recebimento, tem outros aspectos negativos que começam a surgir.

Agências de classificação de riscos poderão rebaixar a nota de crédito dos devedores, como a Austin Rating diz que fará com o governo de São Paulo e a Prefeitura da capital, caso a Câmara dos Deputados aprove o projeto, que já passou pelo Senado Federal. Essas agências medem o risco de inadimplência em contratos e suas notas são um dos principais elementos que se levam em conta para a concessão de empréstimos e a fixação de seus custos.

Essa proposta de emenda constitucional, como se recorda, cria um teto anual para o desembolso que Estados e municípios podem fazer para o pagamento de precatórios. Ela prevê também a realização de leilões para que possam ser pagos em primeiro lugar os credores que oferecerem os maiores descontos em suas dívidas. Seu efeito nocivo é duplo - além da institucionalização do atraso, cria condições para que os credores aceitem grandes descontos na esperança de receber logo o que puderem e, assim, evitar perdas maiores decorrentes daquele atraso. Um mecanismo perverso que levou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a qualificar o projeto, com toda razão, de institucionalização do calote.

Nada mais natural que quem dá calote seja visto com desconfiança quando vai pedir empréstimo. A Austin Rating, ao anunciar o rebaixamento do governo do Estado e da Prefeitura em sua classificação de risco, apenas segue essa regra elementar. À força de querer levar vantagem à custa dos que têm precatórios a receber, eles poderão ser punidos com dificuldades para conseguir empréstimos.

Quando está na posição de credor, o poder público é implacável no recebimento do que lhe é devido, punindo com rigor os faltosos. Mas, quando se vê na condição de devedor, muda inteiramente seu comportamento. Atrasa o quanto pode para vencer seu credor pelo cansaço. O governo paulista, por exemplo, tem dívidas de precatórios, acumuladas ao longo de várias administrações, de R$ 12 bilhões, que nas condições atuais, se nenhum novo precatório surgir, levará 10 anos para pagar. Muitos dos credores, que são pessoas de idade, aposentadas, não conseguirão esperar tanto tempo. Esse é um jogo cruel, em que o mais forte - o poder público - impõe suas regras de forma implacável. A PEC dos precatórios, se aprovada, acentuará e consagrará essa crueldade. Uma truculência tão grande e deslavada que acabará prejudicando também quem a pratica. Que os deputados pensem nisso na hora de votar".

Fonte: www.oab.org.br