terça-feira, 8 de setembro de 2009

Agrotóxico usado em lavouras será analisado pela Anvisa


A Procuradoria Regional Federal da 1ª Região (PRF1) conseguiu, na Justiça, anular os efeitos da decisão que proibia a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de revisar agrotóxicos e fertilizantes à base de acefato em lavouras.

Argumentando que a revisão estava sendo feita de forma unilateral, a empresa Arysta Lifescience, produtora de defensivos agrícolas à base de acefato, conseguiu liminar que proibia a revisão dos técnicos da agência reguladora em produtos agrícolas.

Na ocasião, a empresa argumentou que o procedimento de revisão não teve a participação da comissão formada pelos membros do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Alegou, ainda, que a decisão da Anvisa não havia sido publicada no Diário Oficial, e não foram reveladas as razões que conduziam sua instauração.

No entanto, a PRF1 entrou com recurso no Tribunal Regional Federal (TRF1), pedindo a reconsideração da liminar, concedida pela 21ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, uma vez que o acefato é apontado em pesquisas científicas como nocivo à saúde pública e ao meio ambiente.

O TRF1 acolheu os argumentos da Procuradoria e anulou os efeitos da liminar, ressaltado que os interesses privados dos fornecedores de agrotóxicos não podem prevalecer sobre os estudos e revisão da Anvisa.

Acefato

No Brasil, o acefato não é proibido, sendo utilizado para combater pragas em plantações de algodão, batata, pimentão, soja e tomate, entre outros produtos agrícolas. Entretanto, a composição do produto envolve grande polêmica, uma vez que é apontado em estudos e alertas internacionais como cancerígeno e causador de doenças neurais, sendo vetado em vários países.

www.agu.gov.br

Nenhum comentário: