terça-feira, 28 de julho de 2009

PGE-GO recupera mais de 380 milhões de reais aos cofres públicos

Na Ação Declaratória de n. 200902354978, manejada pelo Estado de Goiás, em tramitação na Vara das Fazendas Públicas da Comarca de Cachoeira Alta-GO, foi obtida decisão liminar de indisponibilidade dos bens das pessoas jurídicas que compõem o grupo econômico Arantes, dos seus respectivos gestores e de terceiros, que embora não constem dos quadros societários, exercem de fato o controle das empresas. A medida judicial tem por escopo recuperar créditos tributários da ordem de R$ 386.183.276,66.

A constrição patrimonial tem por alvo 12 pessoas físicas e oito pessoas jurídicas, integrantes do Grupo Arantes, alcançando bens imóveis registrados em vários municípios, inclusive em outros estados (MG, MT, SP) além de Goiás; veículos; quotas e ações mercantis; bem como ativos financeiros, mediante bloqueio eletrônico via Bacen Jud (Banco Central Judiciário).

Na decisão, o Juiz Leonys Lopes Campos da Silva acatou a argumentação da Procuradoria Geral do Estado de Goiás (PGE), ressaltando haver "fortes indícios de que os réus fazem parte de um mesmo grupo econômico, qual seja, "Família Arantes" e se uniram para, fraudulentamente, sonegarem impostos, com a dissimulação de vários negócios, principalmente utilizando-se de empresas de fachadas, administradores testas de ferro e de terceiros sem nenhuma idoneidade financeira, conhecidos como laranjas.

A ação judicial teve como suporte o inquérito policial de n. 216/2007-DOT, relatado pelo Delegado de Polícia Ronaldo Trautwein, da Delegacia de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária-DOT (Goiânia), bem como investigação conduzida pela Gerência de Inteligência Fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda.

O Ministério Público do Estado de Goiás também se manifestou favorável à concessão da medida liminar, através do Promotor Giordane Alves Naves. Atua no feito a Procuradora do Estado Juliana Ferreira Cruvinel Guerra, Chefe da Procuradoria Regional de Rio Verde.

Essa medida se insere no contexto do programa Goiás contra a Sonegação Fiscal, do qual fazem parte a Procuradoria Geral do Estado (por sua Procuradoria Tributária e Procuradorias Regionais), Secretaria da Fazenda, Ministério Público do Estado de Goiás e Secretaria de Segurança Pública.

Outras ações semelhantes foram manejadas nos últimos meses que, juntas perseguem quase um bilhão de reais, todas com decisão liminar de indisponibilidade de bens deferida.

Fonte:
www.pge.go.gov.br

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